Cultura não morde!

“Eu vezes eu / Espalhados em mim / Eu mínimo Múltiplo comum / Eu menos eu / Eu e eu outra vez / Nervo, músculo e osso.” (Titãs)

terça-feira, 20 de abril de 2010

E O AMOR ANDA FORA DE MODA...(O CARA)

É difícil; muito difícil hoje em dia ter alguém pra falar e conversar sobre esse tal de amor.
A gente perde; chora; se desespera; dói.
Aí vem Deus e coloca certas tardes na nossa frente e pronto o mundo desaba.A força agora é uma ilusão e tentamos fingir ; continuar; mas por mais que sejamos bons atores a máscara sempre cai e o tombo é feio.


- Você é besta, isso passa- vão dizer
-Sai dessa otário- e tudo de fora parece muito fácil.Estamos numa era de hipocrisia e concreto;
ser sentimental é quase um crime.
O cara senta e observa o horizonte, a dor é quase insuportável, e por mais que queira ser duro e frio os olhos fazem sua tristeza aparente a todo que passa.E lá está mais um marginal, em tempos que falar de amor é coisa ridícula e fora de moda e que sofrer e demodê.
O Cara levanta, e tenta não olhar para os lados...por um segundo parece tudo tão passageiro
mas é impossível, ele olha pra trás, não consegue deter o gesto...uma vontade louca de ela voltar e
dizer que foi um erro; que a cena não tava boa e a história foi reescrita.Mas a vida deixa continuar aquele andar a passos lentos.Ele quis chamar; mas não podia.Nunca se sabe se um segundo de orgulho salvou ou ajudou a sangrar mais o coração.
É assim que foi...e vem na cabeça tudo aquilo que sempre nos dizem, que só se ama uma vez, que cada um tem uma tampa de panela e o pé sempre vai ter um sapato velho...essas  "verdades".
O Cara ta condenado a marginalidade, ele comete crimes hediondos:sente e demonstra que sente; isso é mal , muito mal por que enquanto ela se afasta a luz no fim do túnel vai ficando distante, o tempo deixa de significar algo relevante, de importante mesmo só fica o desejo; a dor e a precoce saudade,  saudade do recente passado e do antes radioso futuro.
Pow vem o Cara com aquelas cafoníssimas cartas de amor, declarações há muito guardadas achando que o último remédio pra doença sem cura é se lembrar do que causou a loucura.
Aquele cara ainda não se decidiu se o que dói mais é a indiferença da pessoa ou a raiva que ele sente dele mesmo por não poder sentir raiva de outra pessoa a não ser dele mesmo.
E dirão:A pára com isso que issso passa-Pois é tudo que sabem dizer por que lhes é impossível saberem que não dá pra pensar com emoção.
Não há alternativa....tentar mais uma vez seria burrice e de estupidez ele já foi escravo, mas não há alternativa
que alternativa se o que causa a dor é o que traz o alivio?É o Cara está dependente da droga;
a droga que todo ser humano experimenta um dia, a paixão que dana .
Ele quer correr, esquecer...se fosse permitido aos olhos da sociedade espernearia como criança
mas não pode, não pode por que é homem feito; tem que trabalhar e ser forte por que amor não é o que move os alheios e nem é vontade nem vantagem pra muitos.
Está no exílio....um deserto.
A zona de perigo se aproxima, o Cara sabe que a doença está avançada quando o humor que ainda resta se esvai e aí sim é um passo do precipício.
O Cara quer esperar....e um dia vai passar.....o que dá medo é a demora....
o tempo é amigo e inimigo da dor
auto consciência vai acabar com ele.Saber todas as saídas e possibilidades, pensar nunca foi um dom vantajoso, raciocinar, conhecer o próximo, conhecer a si mesmo sempre foi um fardo
e a vida parece que vai ser assim e vai ter que se acostumar.....
ele se mata?segue?
Ele não sabe perder o ser amado, chora e faz a cena, fica inconformado paralisa.....
agora ele está pensando.....sentindo, remoendo
o próximo minuto é uma incógnita... e depois continua.....



sábado, 17 de abril de 2010

Travadões

todo mundo travadoe bem louco
todo mundo bebeu e fumou
para se divertir?!
velhas virgens

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O homem no ônibus...


Hoje entrei no ônibus indo em direção aos problemas por resolver.No trajeto entrou um desses tipos
que as pessoas olham e esperam que não sentem ao lado.
Bem, ele sentou-se ao meu lado, eu já previa que cedo ou tarde ele puxasse algum assunto.Era um homem
aparentando uns 35 anos, não tinha um dos braçoes, vestia roupas rotas e era negro.
Tipo perfeito pra despertar pena ou precaução das pessoas.
Senti que ele ia dizer algo e o fitei.
-Pow cara as pessoas não sabem mais respeitar os outros; a gente coloca nosso futuro nas mãos de alguém
e fica na pior, a mesma pessoa pode te ajudar mas prefere dar as costas.
Respondi com um desinteressado "é".
-As mulheres não entendem que quando homem chora, chora com sinceridade; por que para um homem chorar
precisa muita coisa no coração né fio?

Aquilo  claro, pela minha experiencia me fez sentido
Ele sorriu mostrando os dentes amarelados e continuou:

-O mundo é bravo irmão, ninguém te ajuda, mas todo mundo espera que você faça sua parte
Com os olhos lacrimejando ele puxou o sinal  levantou e disse que não gostava do progresso
por que ele destruía as pessoas.. e desceu.. breve

Não achei conexão com a primeira frase que ele disse e a última, nao achei sentido em nada
mas aqui agora no fim de noite me parece que foi a coisa mais relevante que aconteceu no dia
um homem e suas conclusões para quem quisesse ouvir
o homem do onibus, um homem aparentemente triste, tanto quanto o homem desinteressado a ouvir
algumas pessoas preferem dar voz a tristeza, mesmo que não faça o menor sentido para
o coração alheio
outras seguem caladas na sua viagem de onibus com seus problemas a resolver


ps do dia: Todo mundo ama ; todo mundo chora; um dia a gente chega; no outro vai embora
(Ricardo Teixeira)


Vocês que curtem ler ,e pensar ao mesmo tempo(pois é, é possível fazerem um sem o outro)
se liga aí nele, Luís Fernando Verissímo.]
O cara é muito fera e aí acima está uma de suas criações mais conhecidas
As cobras

procurem e curtam.
E bem não vá dizer que nunca ouviram falar de As comédias da Vida Privada
ou As mentiras que os homens contam
ironia na dose certa!

Tocando a maior zona o cacete!

ah faculdade

crachá

meninas de peito de fora

bagunça

carros viagens




esqueça não é american pie

é Brasil huahuahuhuau


O computador não matou o livro...foi a preguiça

Frio em sampa, garoa fina

tudo perfeito pra aquele cara que adora um certo modo de ser programático (existe essa palavra?)


Eu por exemplo em dias frios e garoas sou tomado por uma súbita melancolia e me pego pensando naqeulas bobagens inuteis da vida como, sou feliz no amor? no trabalho? o mundo é mesmo isso aí?

irei o que queria ser quando crescesse?

É dias de chuva me deixam assim não sei se por uma mania ou por algum motivo especial, talvez uma lembrança soterrada disfarçada em mil perguntas sem respostas no presente

Manias de alguém confuso.Possuir objetos de que na visão dos outros eu não precisarei mais

é uma dessas manias.Meus velhos cadernos da sexta série, não posso me desfazer deles e nem daquelas revistas com as tragédias e alegrias de dez anos atrás.Fico sempre achando qe no dia que me desfazer

dessas coisas será o dia em que acharei alguma utilidade mágica para elas, além da magia

de me fazer sentir uma pessoa especial por ter tanta qinquilharia.

Ainda não sei se sou alguém sem força pra se livrar do passado, que nega o presente

ou simplesmente trago simples preciosidades do que aconteceu.

Acho que tudo vale a pena ser guardado então faço um apelo:

MÃE NÃO JOGUE MINHAS COISAS FORA!!

RSRRSRRS


ps do dia: Não tenho medo da morte, mas não quero estar lá quando acontecer(woody allen)

Pensar enloquece...pense nisso

leiam e pensem!


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata
trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Primeira postagem!



Aí sim; recomeço um blog; eu escreverei aqui nesse endereço e migrarei textos de meu antigo blog para essa página.
Espero que aqui se satisfaçam alguma necessidade de quem le
ou não
^^Afinal como diria Oscar Wilde
"Quando todos concordam comigo fico com a sensação de estar errado"


primeira recomendação minha é visitem o blog os malvados e curtam um pouco da ironia
de Andre Dahmer e suas tirinhas para o público espertoe

este é o link