Cultura não morde!

“Eu vezes eu / Espalhados em mim / Eu mínimo Múltiplo comum / Eu menos eu / Eu e eu outra vez / Nervo, músculo e osso.” (Titãs)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

mais que romântico
é preciso ser humanista
o mundo está escasso de humanidade
o amor virou vergonha
a fé virou piada e se trasnformou em guerra
mas isso nem merece tanto
palavra no dicionário
carinho ao contrário
é o que foi dadoao moço que um dia
sonhou em viajar com seu violão
encantando com canções
roubando moças pelas vilas do interior e do sertão

mas riem de qualquer esperança
os idiotas da objetividade domam aos poucos
aqueles que um dia chegaram a acreditar que era possível ser feliz
e ter paz
sossego e alguém só seu

mas riem de qualquer amor
e julgam fora de época a gentileza
e o ser cantador se amarga de tanta gente lesa
que tomou conta do planeta
com seus grunhidos primitivos e cânticos de guerra

mas riem da paz
esses homens tão covardes que não amam mais as mulheres
essas mulheres tão covardes que não se amam mais
a esses casais tão moralistas que cumprem os rituais
e fazem tudo na moita
e se escandalizam em público com o bom pecado que cometo

gente falsa!
até quando serei a gota do veneno
das pessoas amontoadas nos auditórios
rindo de piadas que teriam bem mais graça
se não fosse a tragédia alheia subestimada
ah..esses humanos e suas farsas
brigando por tanta coisa que não vele nada.

o tempo não vai curar ninguém
nem a dor ensine como dizem
há muito não vejo o mundo dá as voltas que me prometem
não prometo conquistas para o futuro distante
o acaso tem sido nosso mais fiel amante
essas rimas soltas e sem graça
esse poema sem tema, sem sal, sem amor,
palavras sem fino trato como um dia foi os de Vinícius
mas esse descontentamento é do fundo do peito
e simples assim se faz ver,
o mundo moderno me deixou pra trás
me fazendo esperar pelas promessas que ficaram nos meus velhos cadernos
até o tempo de menino passar...

segunda feira blues

O tempo passa rápido
quando dei por mim nem era mais visível o que ficou pra trás
tentava me esquecer que tive mais de uma chance de acertar
e errei.
Me enganei achando que era bonito ter ilusão
tentei ver beleza na tristeza
sem perceber que há temores piores nesse coração
do que o simples pesar de uma tarde que vai.

Menti
e como mau engana/dor
nem me salvei pela poesia
nem me condenei pelos pecados
me falaram algo sobre purgatório sentimental
eu sempre fui especialista em querer tudo explicado
e esse foi meu mal.

Nem tudo se explica
certas coisas apenas passam
como aquele sorriso que um dia te fez bem e depois te derrubou
a gente finge que é forte e grita pro mundo
se olha no espelho e se engana bem feio
não espanta a realidade fincada ali
naquele reflexo que bate no rosto
que mostra a poeira que somos
sós
sem aqueles que um dia deixamos partir
achando que o mundo dá voltas
se iludindo que um dia vão se encontrar
mas o mundo é grande e as pessoas sós
já disse o poeta
já parei de sonhar com um mundo melhor
eu só quero sossego aqui mesmo pertinho de casa
quero meu lar com a força santa de minha mãe
com a saudade de um amor que passou.

um dia eu vou aprender a não buscar perfeição nas pessoas
e descobrir que nem tudo é sonhar em vão.

A poesia esquecida

aNão fui e nem foi você que matou a poesia


Lembro que comecei a ler poesia sem nem entender o que significava mas já me entretinha pelo significado oculto das palavras que eu me propunha a absorver.
Não estou falando dos textos Drummondianos que era obrigado a ler na escola, mas sim daquela poesia que de repente se lê por pura necessidade; sem compromissos, sem ser a força.
Nesse início de empreitada devorei livros e alguns poetas em particular  me apaixonaram.
Citar como um de meus preferidos Affonso Romano Santa ana.A poesia dele é como uma tapa na cara, achei impossível deixar as páginas do livro Silêncio Amoroso pra depois.Como o mesmo já disse "não se pode deixar a poesia pra depois".

Ganhei noites devorando poesia e sinceramente me achava na época a pessoa mais diferente do mundo. De algum modo a poesia morreu nas pessoas ou não, creio que ela se está escondida em meio há tanto vazio e objetividade dos idiotas. Por algum tempo acreditei que a poesia salvaria nossas vidas e que os versos são poderosos como aquelas antigas cartas de amor.
Mas claro , fui enganado pela ingenuidade de meus quinze anos.
Sei que a verdade é difícil


e para alguns é cara e escura.

Mas não se chega à verdade

pela mentira, nem à democracia

pela ditadura.

Versos de Romano como esses me faziam sentir poderoso, era como se de repente eu soubesse de algo que ninguém mais sabia ou ao menos não sabia expressar.Estava eu ali envolto em folhas com letras ilegíveis cheio de cópias de meus poetas preferidos e ao mesmo tempo que me sentia decifrado na poesia me perdia tentando entender muitas daquelas palavras; me sentia mágico e me sentia só.

Hoje já não vejo espaço para tudo isso...as moças não esperam mais romantismo assim  como é mal visto a delicadeza pelos rapazes. E se algum corajoso destila Drummond ao ouvido de uma menina será visto com graça e o poema mais uma vez seria perdido pra sempre no limbo da memória humana.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Banda Eletro 
Navegar





Abre a clarabóia, gira o leme, esquece o cais


O vento vai levando o que insistiu não nos deixar

Quero que você cresça sozinho, não é tão mal...

O medo? Que desapareça desse lindo coração!

Içar velhos erros, tudo mais que te ancorar

O mar nos vai guiando, e a vida cuida de apagar



O que não é da minha culpa

Em paz, preciso aceitar a tempestade escura,

Até a lucidez voltar



Quero não lembrar o quanto ainda vou mentir

Antes de chegar, me ensina aonde ir...?



Quero que você cresça em paz, preciso aceitar...

O medo? Que desapareça até a lucidez voltar!

Quero não lembrar o quanto ainda vou mentir

Antes de chegar, me ensina aonde ir...?



E Ouve o som do mar, na concha que ela te deu

É a trilha pra escapar desse sonho que não é o seu

Quem sabe esse tombo não foi pra aprender e levantar bem maior?

Um aviso do céu: hora de zarpar!

O baixo nivel da música jovem no Brasil!

é assim mesmo


Comecei  ouvir rock há pouco tempo comparado aos grandes fãs do gênero.Iniciei nesse mundinho ouvindo Gorillaz(o experimento do ex vocalista do Blur), e não parei mais.
Assistia aos programas da MTV e via grupos como Creed, Nickelback dominarem as paradas além dos ainda meus ídolos RED HOT CHILI PEPPERS e hoje respiro música.
Não toco instrumentos e nem ouço as bandas citadas como ouvia antes mas foi um passo pra entrar dentro do estilo e conhecer os grandes monstros c´lássicos.LED ZEPELLIN, AC/DC, QUEEN, BEATLES, ELVIS e por aí vai.
Mas me apeguei mesmo foi ao nosso subestimado rock nacional.Me apaixonei ouvindo Renato Russo, lendo as letras de Cazuza e Humberto Gessinger.
Em tempos mais recentes o Skank e outras bandas mais underground.
Sabem do que tenho saudade? Que quando comecei a escutar o rock brasuca ainda contávamos com Raimundos e Planet Hemp, Capital Inicial estava de volta e a pior banda mesmo que eu goste era o Jota Quest!
Agora imaginem hoje, nossos primeiros lugares são pré adolescentres coloridos que não sacam nada d emúsica e não fazem uma letra que preste.
  Eles se divertem ..creio que a culpa maior é dos fãs descerebrados de hoje em dia.
  Se antes tínhamos na veia a vontade de buscar algo maior ou rejeitar a realidade do mundo, atualmente temos um bando de jovens babacas que falam de amor banalmente como se fosse qualquer coisa.

  Ainda não cabe na minha cabeça que as pessoas deixem d eouvir Paralamas do Sucesso pra ouvir Restart, Cine e derivados.

J  urei pra mim um dia que não ia virar esses velhos roqueiros que não sabem evoluir mas é fato
o rock morre a passos largos
e estou falando só de Brasil. É triste ver bandas como Ultraje a Rigor e Titãs esquecidas da mídia e mesmo que os trabalhos já não sejam tão geniais ainda supoeram em muito os novos cds das novas bandinhas das adolescentes acéfalas desse país.
  Volta Los Hermanos!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

não sei só sei que foi assim
não sei só sei que foi assim
não sei só sei que foi assim
não sei só sei que foi assim